quinta-feira, 23 de outubro de 2008

O Mínimo Possível !

O governo do presidente Lula e do PT só se deu bem fazendo o mínimo possível, assim como todos os brasileiros quando passam por períodos de prosperidade, os políticos brasileiros deixam tudo para depois e para viver o pragmatismo de se manter no poder.


Funciona mais ou menos assim: você tem um bom emprego, trabalha meio período, então conscientemente ou inconscientemente relaxa e deixa as coisas correrem frouxas. Aí você estoura seu cartão de crédito, compra um carro novo, faz um financiamento imobiliário. Mas de repente a realidade bate à sua porta, juros exorbitantes, cobranças de impostos, e condomínio atrasado. Então você toma uma decisão de arrumar mais um emprego, ou fazer uma especialização. Ou seja, tomar providências que você deveria ter tomado muito antes, quando a vida estava mais tranquila.

O estado brasileiro, historicamente, age dessa mesma forma. Quantas vezes já se ouviu :"Brasil, a oitava economia do mundo", "Milagre Econômico Brasileiro ", "Ninguém segura esse país", "Nunca na história desse país estivemos tão bem". Justamente nesses momentos de prosperidade é que deveríamos aproveitar para fazer reformas necessárias. Resolver os problemas da infra-estrutura. Para se ter uma idéia, no século XIX os E.U.A contruíram sua primeira ferrovia leste-oeste. Nós, desde o tempo do Império sonhamos com uma ferrovia norte-sul. Quanto dos nossos produtos deixam de ser competitivos por termos escolhido um modelo rodoviário em um país continental? E a reforma trabalhista? Vocês sabem quanto custa em impostos um trabalhador? O mesmo que seu salário, ou seja, carga tributária de cem por cento. Em outros paíeses da América Latina o máximo que se chega é trinta por cento. E o problema da saúde? E da segurança ? E da educação?

Enquanto vivemos o êxtase de uma prosperidade, deixamos de fazer o que realmente é importante. "Nunca na história desse país" vivemos um governo democrático com tamanha popularidade, com tanto apoio do congresso nacional e ainda recordista de arrecadação . O governo Lula surfou e se beneficou com a onda especulativa global. Poderíamos ter feitos reformas essenciais para nosso desenvolvimento. Mas o que o governo priorizou???? Bolsa família, assistencialismo, medidas populistas e paliativas, apenas pelo simples prazer de se manter no poder.

Nós brasileiros somos assim, preguiçosos, procrastineiros, deixamos tudo para o último dia, para última hora. Não é??? Agora culpamos nosso fracasso por causa do Tio Sam. Sempre achamos que a culpa é dos outros, mas se tivéssemos feito a lição de casa, provalvemente, depois dessa tempestade poderíamos ser uma superpotência econômica emergente. Ao invés disso, nosso governo ocupa-se com gastos correntes mais com que investimento de capital, exagera em cargos comissionados e em vinhos de quinze mil reais.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Lula e Alzheimer

Lula declara que as agências de avaliação de risco do mercado financeiro foram irresponsáveis por não preverem os riscos da bolha imobiliária americana. Afirmou, também, que tais agências deveriam aumentar o risco dos E.U.A e, por outro lado, deveriam diminuir o risco do Brasil. Chegou até sugerir a criação de uma agência brasileira de risco do mercado financeiro. O interessante que foram essas instituições irresponsáveis que declaram que o Brasil tinha atingindo o grau de investimento (investment grade), na ocasião não lembro do presidente, nem do Ministro da Fazenda, questionarem a credibilidade das agências, ao contrário, eles endossaram a avaliação e comemoraram dizendo : "O Brasil foi declarado um país sério"

Sinto-me confuso, se eu acreditar que Lula tem razão e as agências de risco são irresponsáveis, por que não foram capazes de prever a crise imobiliária americana, sou forçado a considerar que elas também podem estar erradas quanto ao Brasil, ao conferir-nos o grau de investimento. Porém, acreditar nas agências e que o Brasil é um país seguro seria uma incoerência ainda maior. Oh! Meu Deus ! E agora ? Em quem confiar? Agora entendo quando os economistas dizem que está crise é uma "crise de confiança".

Há duas semanas atrás o presidente estava eufórico, dizia que estávamos blindados. Dilma Roussef ainda foi mais longe, dizendo que era o fim do neoliberalismo (como todo marxista espera ansiosamente a profética grande depressão do capitalismo) e todos tinham até um certo deboche em relação à sina dos norte americanos. Mas o que um ex-sindicalista e uma ex-guerrilheira podem entender de economia? Nada, obviamente. Na semana passada o que se viu foi uma queda histórica do índice bovespa em mais de 20%. O governo teve que socorrer o crédito rural em 5 bilhões de reais. Ontem, quando candidamente o presidente dizia em rede nacional que o país não precisa tomar medidas extremas, o Banco Central brasileiro liberou 27,5 bilhões de compulsório a disposição dos bancos. Será que essas ainda não são medidas extremas?

Lula quando foi eleito esqueceu tudo que falou no passado enquanto oposição, agora parece que esquece o que diz a cada duas semanas. Estou preocupado, acho que o presindente sofre de Alzheimer. Nesses tempos incertos melhor acreditar no Prêmio Nobel de economia, Paul krugman, que não só previu a crise imobiliária americana , como também critica a promiscuidade de se ter várias agências de risco, ou seja, ele defende que deveria existir um organismo internacional para regular e fiscalizar o mercado financeiro, ao invés de um sistema descentralizado, cada país ter a sua agência só aumentaria a bagunça. Neste raciocínio seria uma grande imbecilidade estatizante e petista criar uma agência para esse desiderato, mesmo por que as agências brasileiras estão em baixa, basta lembrar: ANAC (apagão aéreo), ABIN (grampos ilegais) e ANATEL (mensalão). O melhor que o presidente deve fazer é ficar de bico calado e procurar um neurologista.





sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Darwin e as Mulheres - Parte II -

Primeiramente, gostaria de informar ao inexpressivo número de leitores deste blog, porém estimados, que estou lendo Darwin. Um amigo meu que me emprestou e garantiu que não ia doer nada a leitura. Trata-se do esbôço de "A Origem das Espécies", perfeito para leitores preguiçosos como eu.
Agora que sabemos como as fêmeas da espécie humana escolhem os seus machos, gostaria aqui de tecer algumas considerações aos meus pobres colegas primatas. Da mesma maneira que elas nos escolhem, são elas que nos rejeitam.

As mulheres sempre estão falando mal de nós. - Ah ! Terminei com ele porque ele bebe demais! - Ah ! Ele é grosso demais! - Ah ! Ele é mulherengo! Não adianta companheiros, sei que vocês querem se esforçar, mas a culpa do desencontro conjugal é nossa, mesmo quando não a temos elas encontrarão uma. Às vezes toltamente oposta do que as que estão ai em cima descritas, como exemplos: Ah! Terminei com ele porque ele é certinho! - Ah! Fulano é um banana! - Ah! Fulano é sensível demais! Como se sensibilidade e cavalherismo fossem algum tipos de desvios de caráter ou doenças contagiosas.


Não fiquem preocupados, colegas machos, culpar o sexo masculino faz parte da natureza feminina, já que quem escolhe os parceiros são as mulheres mesmo, nada mais natural do que elas nos culparem pelo relacionamento fracassado. Primeiro por que culpa é algo que ninguém gosta de assumir, e segundo, para a fêmea assumir seus erros é o mesmo que negar sua busca inconsciente e instintiva de perpetuar a espécie, e escolher o parceiro ideal.

Até mesmo quando sou eu quem termina um relacionamento, fico me questionando se foi por que quis ou se foi ela quem provocou o resultado, para que eu carregue a culpa toda sozinho. Agüente firme colega primata, por mais que você se esforce a culpa será sua bicho (atenção: aqui bicho é uma expressão literal).