segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Intenso como a vida deve ser!
É oito ou oitenta ! Nunca fui cinco e meio ou na média. Odiava matématica e física, tirava zero ou no máximo três. Em contrapartida adorava história, geografia, literatura. Aí minhas notas eram 8,5 até 10. Na política já fui de esquerda até chegar a ser liberal. O mesmo em relação aos sentimentos, oscilando entre ódio ou paixão.
Alguns dizem que isso é um transtorno bipolar. Uma dia me mandaram tomar PROSAC pelas manhãs e diazepam à noite.
Tudo isso tem outro nome: intensidade. Sou intenso como a vida requer. Entre altos e baixos, inconstante.
É preferível a intensidade do que uma vida vazia. No meio termo de tudo, sem tomar partido de nada, acéfala de opniões e insípida de sentimentos.
Ora, sei que quando morrer terei muito tempo para não sentir nada. Por isso é preferível a dor, meu caro amigo. Se você não sentir nada é por que certamente já morreu. Viver dói de maneiras inimagináveis.
Para mim o sorriso pode ser um LSD e a vida pode me embriagar de sua essência. Antes que a morte reclame para si toda a memória de um dia ter sentido alguma coisa.
Sempre fui assim, intenso, como a vida deve ser.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Traquinagens do Governo Estadual
-No final do mês de novembro os goianos foram surpreendidos com uma proposta de emenda à constituição estadual, a pedido da Secretaria da Fazenda, o deputado estadual Wellinton Valin (PT do B) apresentou projeto de redução do orçamento da UEG (Universidade Estadual do Estado de Goiás), em até 08 (oito) vezes o orçamento da instituição. O orçamento geral da educação mudaria de 28,25 % para 25,5%. Seriam mantidos os recursos da Secretaria Estadual de Educação referentes ao ensino fundamental. Porém a verba destinada para a UEG diminuiria de 2% para 0,25 %, a Fundação de Amparo a Pesquisa terá um decréscimo de 0,5 % para 0,1 %, a Secretaria de Estadual de Ciências e Tecnologia também sofreria esta mesma redução e a Secretaria Estadual de Agricultura será de 0,25 para 0,05 %.
- A desculpa da Superintendência do Tesouro é que atualmente são gastos 6,9 milhões de reais com a folha da UEG e 700 mil com a manutenção. Para se atingir o patamar de 2 % deveriam ser gastos 12 milhões, o que para a administração estadual é impossível. Celio Freitas afirma que o gasto com a folha não será contabilizado no percentual (e quem garante?). Então para o mesmo, só ocorrerá um pequeno ajuste e se a receita do estado crescer poderá aumentar o pecentual. Ressalta, ainda, que desde a criação da Universidade o repasse nunca foi cumprido integralmente.
-Claro que não, uma Constituição não é só a organização político administrativa do Estado, mas contém seus princípios e normas programáticas. É também uma carta de intenções com os direitos e ideais desejáveis e almejados pela nãção. Mesmo se o Estado não consegue cumprí-los deverá fazer todo o possível para conquistá-los.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
A MORTE DE ROMEU !
- Todos os leitores ou espectadores, que conhecem essa magnífica estória, não deixam de sentir uma certa frustração. Fica aquela indagação: "Por quê não poderiam ser felizes juntos?" "Por quê não um final feliz?" Ai é que está a sagacidade de Shakespeare, a única forma de eternizar o romance seria com a morte de seus protagonistas.
- Imaginem! Se os dois conseguissem mesmo casar ou fugir ? Encontrariam muitos obstáculos que iriam desgastar o relacionamento do jovem casal. Romeu teria que arrumar emprego, coitado do garoto, ele nunca trabalhou na vida. Dado aos precários métodos anticonceptivos da época, logo Julieta certamente ficaria grávida. Provavelmente Romeu teria que voltar para casa com a mulher grávida. Ouviria horrores da família por ter resolvido misturar seu sangue com o sangue dos inimigos. Encheriam o saco da pobre julieta, que por sua vez ficaria eternamente privada de visitar sua familia.
- Houve um grande ascrécimo no número de divórcios no Brasil, segundo o IBGE, houve um aumento de cerca 50 por cento. Nietzsche tem razão, amamos desejar mais do que o objeto desejado. Adoramos o poder da conquista e da sedução. Para Nietzsche o ser humano é viciado pela sensação de poder. Depois que o romantismo acaba, achamos que não precisamos conquistar mais, ou pensamos que o preço pago para seduzir foi caro demais, ou simplesmente agimos como crianças que cansamos do nosso brinquedo e queremos um novo. Estou com Shakespeare, foi melhor matar os dois amantes e idealizar o amor, do que fazê-los passar por essa triste rotina. Nós seres humanos temos o péssimo hábito de destruir coisas belas. Ainda não estamos preparados para dedicar em dividir tempo e responsabilidades com outras pessoas, a paciência do homem moderno anda cada vez mais curta, o amor efêmero e descartável.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
O Mínimo Possível !
Enquanto vivemos o êxtase de uma prosperidade, deixamos de fazer o que realmente é importante. "Nunca na história desse país" vivemos um governo democrático com tamanha popularidade, com tanto apoio do congresso nacional e ainda recordista de arrecadação . O governo Lula surfou e se beneficou com a onda especulativa global. Poderíamos ter feitos reformas essenciais para nosso desenvolvimento. Mas o que o governo priorizou???? Bolsa família, assistencialismo, medidas populistas e paliativas, apenas pelo simples prazer de se manter no poder.
Nós brasileiros somos assim, preguiçosos, procrastineiros, deixamos tudo para o último dia, para última hora. Não é??? Agora culpamos nosso fracasso por causa do Tio Sam. Sempre achamos que a culpa é dos outros, mas se tivéssemos feito a lição de casa, provalvemente, depois dessa tempestade poderíamos ser uma superpotência econômica emergente. Ao invés disso, nosso governo ocupa-se com gastos correntes mais com que investimento de capital, exagera em cargos comissionados e em vinhos de quinze mil reais.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Lula e Alzheimer
Sinto-me confuso, se eu acreditar que Lula tem razão e as agências de risco são irresponsáveis, por que não foram capazes de prever a crise imobiliária americana, sou forçado a considerar que elas também podem estar erradas quanto ao Brasil, ao conferir-nos o grau de investimento. Porém, acreditar nas agências e que o Brasil é um país seguro seria uma incoerência ainda maior. Oh! Meu Deus ! E agora ? Em quem confiar? Agora entendo quando os economistas dizem que está crise é uma "crise de confiança".
Há duas semanas atrás o presidente estava eufórico, dizia que estávamos blindados. Dilma Roussef ainda foi mais longe, dizendo que era o fim do neoliberalismo (como todo marxista espera ansiosamente a profética grande depressão do capitalismo) e todos tinham até um certo deboche em relação à sina dos norte americanos. Mas o que um ex-sindicalista e uma ex-guerrilheira podem entender de economia? Nada, obviamente. Na semana passada o que se viu foi uma queda histórica do índice bovespa em mais de 20%. O governo teve que socorrer o crédito rural em 5 bilhões de reais. Ontem, quando candidamente o presidente dizia em rede nacional que o país não precisa tomar medidas extremas, o Banco Central brasileiro liberou 27,5 bilhões de compulsório a disposição dos bancos. Será que essas ainda não são medidas extremas?
Lula quando foi eleito esqueceu tudo que falou no passado enquanto oposição, agora parece que esquece o que diz a cada duas semanas. Estou preocupado, acho que o presindente sofre de Alzheimer. Nesses tempos incertos melhor acreditar no Prêmio Nobel de economia, Paul krugman, que não só previu a crise imobiliária americana , como também critica a promiscuidade de se ter várias agências de risco, ou seja, ele defende que deveria existir um organismo internacional para regular e fiscalizar o mercado financeiro, ao invés de um sistema descentralizado, cada país ter a sua agência só aumentaria a bagunça. Neste raciocínio seria uma grande imbecilidade estatizante e petista criar uma agência para esse desiderato, mesmo por que as agências brasileiras estão em baixa, basta lembrar: ANAC (apagão aéreo), ABIN (grampos ilegais) e ANATEL (mensalão). O melhor que o presidente deve fazer é ficar de bico calado e procurar um neurologista.
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Darwin e as Mulheres - Parte II -
As mulheres sempre estão falando mal de nós. - Ah ! Terminei com ele porque ele bebe demais! - Ah ! Ele é grosso demais! - Ah ! Ele é mulherengo! Não adianta companheiros, sei que vocês querem se esforçar, mas a culpa do desencontro conjugal é nossa, mesmo quando não a temos elas encontrarão uma. Às vezes toltamente oposta do que as que estão ai em cima descritas, como exemplos: Ah! Terminei com ele porque ele é certinho! - Ah! Fulano é um banana! - Ah! Fulano é sensível demais! Como se sensibilidade e cavalherismo fossem algum tipos de desvios de caráter ou doenças contagiosas.
Não fiquem preocupados, colegas machos, culpar o sexo masculino faz parte da natureza feminina, já que quem escolhe os parceiros são as mulheres mesmo, nada mais natural do que elas nos culparem pelo relacionamento fracassado. Primeiro por que culpa é algo que ninguém gosta de assumir, e segundo, para a fêmea assumir seus erros é o mesmo que negar sua busca inconsciente e instintiva de perpetuar a espécie, e escolher o parceiro ideal.
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Não sou o mais indicado para falar sobre Darwin e o evolucionismo, mas como Diogo Mainardi diz: o brasileiro gosta de emitir opinião sobre tudo, porém não tem profundidade sobre nada. Como brasileiro que sou, desperdiçarei aqui algumas das minhas teorias pessoais sobre o darwinismo e a fêmea do gênero humano. Já que nem a crise financeira mundial, nem os escândalos petistas de Brasília, nem as eleições americanas ou mesmo uma longínqua guerra milionária e esquecida no oriente médio, serão mais importantes para mim nesta semana do que Darwin.
Vulgarizando suas teorias, já que não li nenhum de seus livros e prefiro ser sincero quanto a isso, do que falar como a maioria dos comunistas que dizem ter lido as obras completas de Marx ou Trotski. Mesmo porque sou um pseudo intelectual que prefere ler resenhas de livros que nunca terei chance de ter tempo para ler. Mas o fato que eliminando as complexidades de décadas de pesquisa de Sir Charles Darwin, ele descobriu que as espécies evoluíam por meio de um processo chamado de seleção natural.
Os seres mais adaptados ao meio ambiente possuem mais chances de sobreviver. O cruzamento desses indivíduos adaptados com outros igualmente adaptados, faz com que uma determinada espécie seja bem sucedida, esse processo repetido por milhões de anos e isolado em um certo espaço físico, pode até criar uma espécie nova.
As fêmeas da maioria das espécies possuem um papel importante nesse estratagema da natureza. São elas que escolhem os machos, procuram neles sinais de virilidade, saúde e força, procuram parceiros férteis, adaptáveis e que possam dar proteção a sua prole. Tudo pela perpetuação da espécie.
Nós humanos não poderíamos ser diferentes, mesmo com um tele encéfalo altamente desenvolvido e viver numa complexa sociedade, é a fêmea humana que dará as cartas na hora de escolher o parceiro. Porém os sinais de sucesso e adaptação em nosso ambiente, hordienamente, são diferentes. Isso não quer dizer que desapareceram por completo, mas que mudaram. O que as fêmeas valorizam hoje é capacidade de ganhar dinheiro, inteligência e sensibilidade do macho. As mulheres modernas mudaram suas exigências, isso explica as diversas preferências e escolhas. Porém, não se engane gorila pelado cheio de testosterona, são elas que nos escolhem, o máximo que nós machos fazemos é demonstrar nossos atributos.
Homens e mulheres podem discordar, dizendo que somos racionais, civilizados e que nossa alma nos difere. Mas para mim a mais importante revolução de Darwin é colocar o ser humano, que acreditava ser especial e melhor do que os outros animais, no seu devido lugar que é junto dos demais primatas.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Conquistas são Solitárias
Não importa o tamanho de sua família ou a quantidade de amigos que tenha, a partir do momento que você resolve realizar ou perseguir um sonho, sua jornada será individual. A pessoas dirão que querem ajudar, que torcem por você, mas no momento seguinte poderão até mesmo se afastar.
É verdade que no campo das idéias ou no da política algumas pessoas irão comprometer-se e acompanhá-lo em sua jornada. Mas até para que consiga angariar alguns discípulos é preciso se preparar numa espécie de solitário processo interno, muitas vêzes até espiritual.
Para alcançar seu objetivo é necessário aprender sobre disciplina, planejamento estratégico e uma boa dose de renúncia. Pensamento positivo ajuda, mas não é infalível quanto a literatura de auto-ajuda quer que você acredite, bem como exercer as virtudes acima dispostas. Na verdade realizar um sonho é uma tarefa extramente difícil e solitária.
No final, não há promessa de paraíso após a conquista, nem mesmo se haverá uma vitória. Então, para quê fazemos tudo isso ? Na verdade queremos dar um sentido a nossas vidas vazias, o esforço da conquista faz com que algumas pessoas sintam-se mais vivas.
Gustavo Sávio às 13:10 aos 24 de setembro de 2008
terça-feira, 23 de setembro de 2008
George W. Bush é Autista!
Bush priorizou em seu discurso a questão da "guerra contra o terror", o programa nuclear do Irã e a questão das possíveis armas nucleares na Coréia do Norte. Imagino que até a Coréia do Sul anda mais preocupada com a crise econômica internacional do que se preocupar com a falida Coréia do Norte comunista.
Logo após receber essa notícia minha mente divagou, imaginei há uns 60 anos atrás, um rico rancho texano, onde vivia um pobre menino rico texano autista, que era vidrado em filmes de cowboys, quando virou rapaz ficou viciado nos filmes do 007, na sua vida adulta assistia filmes do Chuck Norris e do Rambo. Esse é o paraíso mental do Bush e é com isso que ele engana outros americanos autistas caipiras interioranos, lesados de verem tanto filme de cowboy e fazer churrasco de hamburguer.
Gustavo Sávio às 01:18 - 23 de setembro de 2008.
Poema do Canabista
Ah! Que laríca mais doída
Juro que não fumarei mais aquela erva maldita
Senão tivesse usado essa droga morgante
Poderia escrever alguns versos nesse instante
Poderia começar mais cedo meu dia
Tomar banho de água fria
Se não detestasse essa realidade
Não deixaria tudo para tão tarde
Essa tal de canabis sativa
Deixou minha mente inativa
Senão fosse a falta de coragem e medo
Deixaria tudo para mais cedo
Senão tivesse na capa revista
Este canabista já era ativista
Mas quão duro é meu caminho
Fumo entediado um fuminho
Gustavo Sávio às 00:40, aos 24 de setembro de 2008.
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Crise na Bolívia - Progresso versus segregação!
Obviamente esses grupos conservadores de direita fazem tudo para desestabilizar e minar o governo do Presidente Evo Morales, um legítimo representante dessa oposição indigenista e cunhada pelo histórico de opressão, disputas por terras e morte. Diante deste sempre presente passado histórico de injustiças não faltam defensores da política do Presidente boliviano, que foi eleito democraticamente e por uma eleição legítima. Cometem até o exagero de dizer que ele é um defensor da democracia boliviana.
Pouca gente se lembra que Evo Morales aprovou uma Constituição às pressas, apresentou um texto constitucional pronto na calada da noite e sem a presença da oposição. Particularmente acho estranho um paladino da democracia apresentar um texto pronto e convocar uma Assembléia Nacional Constituinte para se realizar no dia seguinte. O texto foi aprovado em quinze horas. Para se ter uma idéia a nossa Constituição deve ter levado uns três anos de intensos debates com a sociedade.
Era lógico que ia ter troco, é claro que a elite boliviana ia querer descambar para a autonomia ou até mesmo independência das províncias mais ricas. Agora faço as seguintes indagações a vocês: as cenas de soldados do exército atirando em civis bolivianos por acaso são diferentes do que fazia a elite boliviana quando queria sufocar rebeliões? Quais são as qualidades de um líder que respeita a democracia? Será o poder de união ou o de divisão? De litigar ou negociar? Será certo incitar pobres contra ricos e vice versa? Evo Morales só demonstrou inépcia e revanchismo perante a crise, parece que seu interesse maior é manter as coisas ou como eram antes, só que agora a elite opressora de outrora é que precisa ser massacrada.
O revanchismo (comum em toda América Latina) ou como preferem alguns: vingança mesmo, não irá resolver os problemas e sim vai trazer mais caos. Vejo um conflito de proporções étnicas que não terá fim. A menos que surja um líder capaz de defender os direitos dos silvículas e solucionar suas mazelas históricas e, por outro lado, olhar para o futuro com o propósito de mostrar para elite conservadora, que não há mais lugar para segregação na Bolívia moderna.
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
O Ministro dos Esportes, Orlando Gomes, justificou o baixo número de medalhas nas olimpíadas da delegação brasileira com os seguintes dizeres: “não é critério de avaliação de desempenho sócio-econômico o número de medalhas em uma olimpíada, e se fosse por isso a Dinamarca ou a Suécia deveriam ter mais medalhas do que a Jamaica. Tudo isso é uma questão de escolha e de projeto de governo.”
Concordo com a afirmação, acredito ser uma questão de prioridade de governo e é nesse raciocínio que um país que deseja sediar os jogos Olímpicos deve, pelo menos. ter uma estrutura razoável a oferecer aos seus atletas, para que caso nos tornemos ocasionalmente a sede dos jogos, não passemos tanta vergonha.
Além do mais, duvido muito que se a Suécia ou a Dinamarca resolvessem sediar os jogos encontrariam maiores dificuldades. Por falar em dificuldades, o comitê Olímpico Internacional reprovou os aeroportos brasileiros, recebemos a pior nota dentre os candidatos. O ministro Jobim amenizou a situação dizendo que irá privatizar a administração dos aeroportos. Grande ironia, não acham? O governo que venceu as últimas eleições criticando as privatizações de FHC agora quer privatizar. Não entendo a burrice do ser humano e a dos nacionalistas tupiniquins que defendem a estatização. Não há nenhum registro na história de uma estatal que não rendesse mais depois de privatizada e não oferecesse melhores serviços a população do que a antiga estatal. No entanto, o Brasil e outros países latino americanos debatem a questão desde os anos 80. Mas não perguntem a mim, procurem um economista qualquer, para constatar se o que digo é mentira. Mas isso é discussão para outro momento.
O que quero dizer é que não adianta nada sediar os jogos senão existir um programa permanente de apoio a nossos atletas, e mais devemos fazer nosso dever de casa antes de nos inscrever como candidatos a sede dos jogos, pois o que mais escuto é que vão despoluir a baía de Guanabara, que vão melhorar os aeroportos, cuidar do problema da violência e do trânsito se conseguirmos sediar os jogos. Promessas vindas do Brasil nunca foram bem vistas, nem mesmo por nós brasileiros. Então por que não fazem isso agora, talvez isso melhore nossas chances e a vida do cidadão.
Sei que vocês me acham um grande pessimista e neoliberal, mas eu passei uns três meses ouvindo o presidente dizer: “Que nunca na história desse país se investiu tanto em uma delegação olímpica.” Provavelmente se tivéssemos ultrapassados a marca de 1996 de seis medalhas de ouro estaríamos ouvindo a mesma ladainha. Cansei de tanta mentira, mas o brasileiro anda hipnotizado num transe orquestrado pela besta barbuda populista. Qualquer das conquistas anunciadas pela equipe econômica não são suficientemente estáveis e duradouras, isso por que não nos ocupamos do principal, o “dever de casa”, investir em educação e resolver os gargalos, definitivamente, da infra-estrutura, ao contrário do que diz o presidente, existiram outros momentos de prosperidade, já até chegamos ser a oitava economia do planeta, e depois caímos no mesmo velho buraco. Acorda Brasil, está na hora de pensar um pouco.