segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Darwin e as Mulheres

Não sou o mais indicado para falar sobre Darwin e o evolucionismo, mas como Diogo Mainardi diz: o brasileiro gosta de emitir opinião sobre tudo, porém não tem profundidade sobre nada. Como brasileiro que sou, desperdiçarei aqui algumas das minhas teorias pessoais sobre o darwinismo e a fêmea do gênero humano. Já que nem a crise financeira mundial, nem os escândalos petistas de Brasília, nem as eleições americanas ou mesmo uma longínqua guerra milionária e esquecida no oriente médio, serão mais importantes para mim nesta semana do que Darwin.


Vulgarizando suas teorias, já que não li nenhum de seus livros e prefiro ser sincero quanto a isso, do que falar como a maioria dos comunistas que dizem ter lido as obras completas de Marx ou Trotski. Mesmo porque sou um pseudo intelectual que prefere ler resenhas de livros que nunca terei chance de ter tempo para ler. Mas o fato que eliminando as complexidades de décadas de pesquisa de Sir Charles Darwin, ele descobriu que as espécies evoluíam por meio de um processo chamado de seleção natural.

Os seres mais adaptados ao meio ambiente possuem mais chances de sobreviver. O cruzamento desses indivíduos adaptados com outros igualmente adaptados, faz com que uma determinada espécie seja bem sucedida, esse processo repetido por milhões de anos e isolado em um certo espaço físico, pode até criar uma espécie nova.


As fêmeas da maioria das espécies possuem um papel importante nesse estratagema da natureza. São elas que escolhem os machos, procuram neles sinais de virilidade, saúde e força, procuram parceiros férteis, adaptáveis e que possam dar proteção a sua prole. Tudo pela perpetuação da espécie.


Nós humanos não poderíamos ser diferentes, mesmo com um tele encéfalo altamente desenvolvido e viver numa complexa sociedade, é a fêmea humana que dará as cartas na hora de escolher o parceiro. Porém os sinais de sucesso e adaptação em nosso ambiente, hordienamente, são diferentes. Isso não quer dizer que desapareceram por completo, mas que mudaram. O que as fêmeas valorizam hoje é capacidade de ganhar dinheiro, inteligência e sensibilidade do macho. As mulheres modernas mudaram suas exigências, isso explica as diversas preferências e escolhas. Porém, não se engane gorila pelado cheio de testosterona, são elas que nos escolhem, o máximo que nós machos fazemos é demonstrar nossos atributos.


Homens e mulheres podem discordar, dizendo que somos racionais, civilizados e que nossa alma nos difere. Mas para mim a mais importante revolução de Darwin é colocar o ser humano, que acreditava ser especial e melhor do que os outros animais, no seu devido lugar que é junto dos demais primatas.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Conquistas são Solitárias

Conquistas são Solitárias

Não importa o tamanho de sua família ou a quantidade de amigos que tenha, a partir do momento que você resolve realizar ou perseguir um sonho, sua jornada será individual. A pessoas dirão que querem ajudar, que torcem por você, mas no momento seguinte poderão até mesmo se afastar.

É verdade que no campo das idéias ou no da política algumas pessoas irão comprometer-se e acompanhá-lo em sua jornada. Mas até para que consiga angariar alguns discípulos é preciso se preparar numa espécie de solitário processo interno, muitas vêzes até espiritual.

Para alcançar seu objetivo é necessário aprender sobre disciplina, planejamento estratégico e uma boa dose de renúncia. Pensamento positivo ajuda, mas não é infalível quanto a literatura de auto-ajuda quer que você acredite, bem como exercer as virtudes acima dispostas. Na verdade realizar um sonho é uma tarefa extramente difícil e solitária.

No final, não há promessa de paraíso após a conquista, nem mesmo se haverá uma vitória. Então, para quê fazemos tudo isso ? Na verdade queremos dar um sentido a nossas vidas vazias, o esforço da conquista faz com que algumas pessoas sintam-se mais vivas.

Gustavo Sávio às 13:10 aos 24 de setembro de 2008

terça-feira, 23 de setembro de 2008

George W. Bush é Autista!

Descobri hoje na abertura da Assembléia Geral da ONU que George W. Bush é autista. Enquanto todos os líderes mundiais demonstraram preocupações com atual crise econômica internacional, iniciada ano passado por causa da crise imobiliária americana, o presidente estado unidense fingiu que não era com ele.

Bush priorizou em seu discurso a questão da "guerra contra o terror", o programa nuclear do Irã e a questão das possíveis armas nucleares na Coréia do Norte. Imagino que até a Coréia do Sul anda mais preocupada com a crise econômica internacional do que se preocupar com a falida Coréia do Norte comunista.

Logo após receber essa notícia minha mente divagou, imaginei há uns 60 anos atrás, um rico rancho texano, onde vivia um pobre menino rico texano autista, que era vidrado em filmes de cowboys, quando virou rapaz ficou viciado nos filmes do 007, na sua vida adulta assistia filmes do Chuck Norris e do Rambo. Esse é o paraíso mental do Bush e é com isso que ele engana outros americanos autistas caipiras interioranos, lesados de verem tanto filme de cowboy e fazer churrasco de hamburguer.


Gustavo Sávio às 01:18 - 23 de setembro de 2008.

Poema do Canabista

Poema do Canabista

Ah! Que laríca mais doída
Juro que não fumarei mais aquela erva maldita
Senão tivesse usado essa droga morgante
Poderia escrever alguns versos nesse instante

Poderia começar mais cedo meu dia
Tomar banho de água fria
Se não detestasse essa realidade
Não deixaria tudo para tão tarde

Essa tal de canabis sativa
Deixou minha mente inativa
Senão fosse a falta de coragem e medo
Deixaria tudo para mais cedo


Senão tivesse na capa revista
Este canabista já era ativista
Mas quão duro é meu caminho
Fumo entediado um fuminho



Gustavo Sávio às 00:40, aos 24 de setembro de 2008.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Crise na Bolívia - Progresso versus segregação!

Para entender a atual instabilidade política boliviana é necessário conhecer seu matiz histórico. A Bolívia é marcada por um conflito que divide uma elite ultra conservadora de natureza colonial de um lado e indígenas camponeses do outro. O problema que por diversas vezes a elite resolveu seus problemas na base da violência e genocídio. Tudo começou com o levante de camponeses contra os proprietários de terra (1780). Após esses acontecimentos a prática de exterminar continuou a exemplo dos conflitos de 1874 e 1899, nas terras altas e as terras baixas do país, desdobraram-se em manifestações que terminaram em novos massacres como o da rebelião de Machaca (1921) ou a de Chayanta, (1928). Aconteceram massacres de operários e trabalhadores também, como o extermínio de mineiros em Uncia (1923) , Catavi, (1942), a guerra do Chaco (1932-1935), a revolução de 1946 e de 1952, a de 1964, a matança de San Juan, em 1967, o golpe militar de Bánzer, em 1971, o massacre de trabalhadores e universitários de 1979, a marcha pela vida, em 1986, a marcha pela terra , em 1990, a guerra do gás e o massacre de El Alto, em 2003, e, agora, o massacre de Pando.

Obviamente esses grupos conservadores de direita fazem tudo para desestabilizar e minar o governo do Presidente Evo Morales, um legítimo representante dessa oposição indigenista e cunhada pelo histórico de opressão, disputas por terras e morte. Diante deste sempre presente passado histórico de injustiças não faltam defensores da política do Presidente boliviano, que foi eleito democraticamente e por uma eleição legítima. Cometem até o exagero de dizer que ele é um defensor da democracia boliviana.

Pouca gente se lembra que Evo Morales aprovou uma Constituição às pressas, apresentou um texto constitucional pronto na calada da noite e sem a presença da oposição. Particularmente acho estranho um paladino da democracia apresentar um texto pronto e convocar uma Assembléia Nacional Constituinte para se realizar no dia seguinte. O texto foi aprovado em quinze horas. Para se ter uma idéia a nossa Constituição deve ter levado uns três anos de intensos debates com a sociedade.

Era lógico que ia ter troco, é claro que a elite boliviana ia querer descambar para a autonomia ou até mesmo independência das províncias mais ricas. Agora faço as seguintes indagações a vocês: as cenas de soldados do exército atirando em civis bolivianos por acaso são diferentes do que fazia a elite boliviana quando queria sufocar rebeliões? Quais são as qualidades de um líder que respeita a democracia? Será o poder de união ou o de divisão? De litigar ou negociar? Será certo incitar pobres contra ricos e vice versa? Evo Morales só demonstrou inépcia e revanchismo perante a crise, parece que seu interesse maior é manter as coisas ou como eram antes, só que agora a elite opressora de outrora é que precisa ser massacrada.

O revanchismo (comum em toda América Latina) ou como preferem alguns: vingança mesmo, não irá resolver os problemas e sim vai trazer mais caos. Vejo um conflito de proporções étnicas que não terá fim. A menos que surja um líder capaz de defender os direitos dos silvículas e solucionar suas mazelas históricas e, por outro lado, olhar para o futuro com o propósito de mostrar para elite conservadora, que não há mais lugar para segregação na Bolívia moderna.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Olimpíadas da Burrice

O Ministro dos Esportes, Orlando Gomes, justificou o baixo número de medalhas nas olimpíadas da delegação brasileira com os seguintes dizeres: “não é critério de avaliação de desempenho sócio-econômico o número de medalhas em uma olimpíada, e se fosse por isso a Dinamarca ou a Suécia deveriam ter mais medalhas do que a Jamaica. Tudo isso é uma questão de escolha e de projeto de governo.”

Concordo com a afirmação, acredito ser uma questão de prioridade de governo e é nesse raciocínio que um país que deseja sediar os jogos Olímpicos deve, pelo menos. ter uma estrutura razoável a oferecer aos seus atletas, para que caso nos tornemos ocasionalmente a sede dos jogos, não passemos tanta vergonha.

Além do mais, duvido muito que se a Suécia ou a Dinamarca resolvessem sediar os jogos encontrariam maiores dificuldades. Por falar em dificuldades, o comitê Olímpico Internacional reprovou os aeroportos brasileiros, recebemos a pior nota dentre os candidatos. O ministro Jobim amenizou a situação dizendo que irá privatizar a administração dos aeroportos. Grande ironia, não acham? O governo que venceu as últimas eleições criticando as privatizações de FHC agora quer privatizar. Não entendo a burrice do ser humano e a dos nacionalistas tupiniquins que defendem a estatização. Não há nenhum registro na história de uma estatal que não rendesse mais depois de privatizada e não oferecesse melhores serviços a população do que a antiga estatal. No entanto, o Brasil e outros países latino americanos debatem a questão desde os anos 80. Mas não perguntem a mim, procurem um economista qualquer, para constatar se o que digo é mentira. Mas isso é discussão para outro momento.

O que quero dizer é que não adianta nada sediar os jogos senão existir um programa permanente de apoio a nossos atletas, e mais devemos fazer nosso dever de casa antes de nos inscrever como candidatos a sede dos jogos, pois o que mais escuto é que vão despoluir a baía de Guanabara, que vão melhorar os aeroportos, cuidar do problema da violência e do trânsito se conseguirmos sediar os jogos. Promessas vindas do Brasil nunca foram bem vistas, nem mesmo por nós brasileiros. Então por que não fazem isso agora, talvez isso melhore nossas chances e a vida do cidadão.

Sei que vocês me acham um grande pessimista e neoliberal, mas eu passei uns três meses ouvindo o presidente dizer: “Que nunca na história desse país se investiu tanto em uma delegação olímpica.” Provavelmente se tivéssemos ultrapassados a marca de 1996 de seis medalhas de ouro estaríamos ouvindo a mesma ladainha. Cansei de tanta mentira, mas o brasileiro anda hipnotizado num transe orquestrado pela besta barbuda populista. Qualquer das conquistas anunciadas pela equipe econômica não são suficientemente estáveis e duradouras, isso por que não nos ocupamos do principal, o “dever de casa”, investir em educação e resolver os gargalos, definitivamente, da infra-estrutura, ao contrário do que diz o presidente, existiram outros momentos de prosperidade, já até chegamos ser a oitava economia do planeta, e depois caímos no mesmo velho buraco. Acorda Brasil, está na hora de pensar um pouco.